Morta e enterrada no quintal, teria procurado a polícia cinco vezes para pedir ajuda contra o marido

Antes de ser morta e ter seu corpo encontrado enterrado no quintal da casa de seu assassino, na cidade de Ponta Porã, Felipa Moreno Ojeda de 33 anos já havia registrado cinco boletins de ocorrência contra o ex-marido, principal suspeito do crime, que está foragido.

Os boletins de ocorrência começaram a ser registrados por Felipa em dezembro de 2012 quando foi agredida e um boletim por violência doméstica foi confeccionado na delegacia. Em 2019, novamente Felipa voltou a delegacia para denunciar o homem, por ameaça-la e agredi-la. Nos anos seguintes, 2020 e 2021 mais boletins de ocorrência foram registrados por Felipa contra o ex-marido por vias de fato, ameaça e violência doméstica.

Foi a irmã de Felipa quem procurou a delegacia após, ela desaparecer sem deixar rastros em maio deste ano, data em que foi vista pela última vez no status do WhatsApp.

Em depoimento, a irmã de Felipa contou ainda que seu irmão se deslocou até a casa dela para saber sobre seu paradeiro. Na ocasião, ele teria conversado com o ex-marido de Felipa que relatou, primeiramente, uma viagem da vítima para o município de Naviraí. Após esse episódio, ainda sem notícias, o irmão retornou à residência do homem a procura da mulher.

O ex-marido de Felipa chegou a prestar depoimento na época afirmando que a mulher tera chegado em casa e logo depois subido em uma camionete, que ele não conseguiu ver quem estava na direção indo embora em seguida. O homem está foragido desde o achado do corpo de Felipa e as policiais brasileiras e paraguaias procuram por ele.

Achado do corpo

No início da tarde de hoje, o corpo de uma mulher foi encontrado em uma cova, no quintal de uma residência em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi inicialmente identificada como uma mulher que estava desaparecida. Conforme as primeiras informações, equipes da Polícia Civil e Guarda Civil de Fronteira foram até o local, onde a vítima teria sido enterrada pelo ex-marido, após ser assassinada. A casa seria do suspeito e equipes da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) atuam no caso.

Fonte: Midiamax