Mulher que ofendeu filhos de Ewbank é conhecida por atacar brasileiros

Após esta coluna revelar o caso de racismo praticado por uma mulher contra os filhos de Giovanna Ewbank em um restaurante em Portugal, no sábado (30/7), não são poucos os relatos de imigrantes brasileiros que afirmam que a mesma mulher praticou atos discriminatórios. Moradora da cidade de Cascais, localizada a 40 km da cidade de Lisboa, a mulher chama-se Maria Adelia Coutinho Freire de Andrade de Barros. Ela é mais conhecida pelo apelido de “Kikas”. Agora, você irá ler relatos de brasileiros que afirmam ter sido ofendidos por esta mulher.

Lahna Lopes

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, a brasileira Lahna Lopes conta que a mulher já é conhecida por propagar discurso de ódio contra brasileiros. Segundo Lahna, Kikas costuma frequentar bares e restaurantes da cidade sempre arrumando confusão com estrangeiros: “Ela já é conhecida por ir em restaurantes e bares e fazer esses discursos de ódio e, como a própria Giovanna (Ewbank) falou, essa nojenta já agrediu quanto verbalmente e fisicamente várias pessoas”.

Em seguida, a brasileira mostra um vídeo em que Kikas aparece a ofendendo. Aos berros, a mulher grita ao grupo de imigrantes: “Vão se embora para o Brasil, caralho. Os portugueses não os aguentam mais. Já não os aguentavam antes (…) Saiam do nosso país caralho. Brasileiros de merda, saiam de Portugal”.

Logo depois, Maria Adelia é vista atirando plantas no chão e ofendendo outras pessoas no local. Indagada sobre o prejuízo que estaria causando ao restaurante, afirmou que pagaria e seguiu ofendendo os brasileiros presentes.

Em seguida, a brasileira mostra um vídeo em que Kikas aparece a ofendendo. Aos berros, a mulher grita ao grupo de imigrantes: “Vão se embora para o Brasil, caralho. Os portugueses não os aguentam mais. Já não os aguentavam antes (…) Saiam do nosso país caralho. Brasileiros de merda, saiam de Portugal”.

Logo depois, Maria Adelia é vista atirando plantas no chão e ofendendo outras pessoas no local. Indagada sobre o prejuízo que estaria causando ao restaurante, afirmou que pagaria e seguiu ofendendo os brasileiros presentes.

Grazi Ferreira

Outra mulher que entrou em contato com a coluna para relatar outro ocorrido foi Grazi Ferreira. A brasileira que vive em Portugal contou a esta coluna que Kikas esteve presente no restaurante em que trabalha. Segundo ela, a mulher sentou-se para jantar e começou a agredir verbalmente senhoras de Cabo Verde (país africano de colonização lusófona, ou seja, onde também se fala português).

“Essa senhora esteve lá a jantar e começou a ofender umas senhoras cabo-verdianas do nada, de graça, quis até agredi-las”. Segundo Grazi, a polícia foi chamada mas não foi feita uma ocorrência. Após este episódio, a dona do restaurante alertou a todos os funcionários que ela não fosse mais recebida futuramente.

Karim Sarria

Outra a conversar com a coluna foi Karim Sarria. Ela comentou que costuma frequentar o restaurante que Lahna Santos frequenta e que uma vez, o marido, participou de uma audiência em que Maria Adelia era acusada.

“Infelizmente ela já aprontou muito aqui em Cascais, meu marido até já participou de uma audiência onde ela era acusada. Mas até hoje nada aconteceu. Espero que dessa vez haja uma punição à altura de seus atos violentos e maldosos”, relatou.

Falta de ação da polícia e presidente português se posiciona

Em todos os casos ouvidos por esta coluna os resultados foram parecidos: Maria Adelia foi levada pela polícia, mas nada aconteceu. Segundo o jornal português Público, Kikas chegou a ser presa após os insultos aos filhos de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank e turistas angolanos presentes no local, no entanto, horas depois foi liberada.

Em entrevista ao jornal O Globo, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, recriminou atos de xenofobia e preconceito: “Todo ato de racismo ou xenofobia é condenável e intolerável. Isso é o básico em uma democracia. É inadmissível”.

O chefe de estado português ressaltou que, em geral, os portugueses não são racistas: “Racismo é um fenômeno que existe na sociedade portuguesa, não negamos isso, mas não é possível generalizar a todo português. Não pode ser generalizado, dizendo que todo português é racista ou que há uma campanha contra os brasileiros. Do contrário, não explicava a vinda de uma imensa comunidade brasileira. Ninguém é sadomasoquista. Se achassem que não se sentiam bem em Portugal, não vinham”.

Fonte: Metrópoles