Operação contra desvios na saúde é deflagrada pela Polícia Federal em MS

Nesta quarta-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a Operação SOS-Saúde, contra uma organização criminosa que fraudava documentos de dispensa irregular de licitação. A organização teria recebido quase R$ 1 bilhão entre os anos de 2014 e 2019. Ao todo são cumpridos mandados em São Paulo, Goiânia, Brasília e Campo Grande.

O esquema criminoso tinha a seguinte dinâmica: a Organização Social firmou, em 2016, contrato de gestão com o governo de Mato Grosso do Sul, e  através desse contrato passou a receber elevados valores com o compromisso de gerenciar o Hospital Regional de Ponta Porã; entretanto, acaba por desviar os recursos que deveriam ser aplicados na área da saúde em proveito de empresas vinculadas aos próprios dirigentes da Organização Social.

O Inquérito policial foi instaurado, em 14 de fevereiro de 2019, para apurar diversas irregularidades praticadas pela Organização Social, entre os anos de 2016 e 2017, no Hospital Regional Dr. José Simone Netto, em Ponta Porã. De acordo com informações da PF, a organização teria recebido quase R$ 1 bilhão entre os anos de 2014 e 2019.

Os alvos da operação são os gestores da Organização Social que, na época, administravam o Hospital Regional de Ponta Porã; empresas que receberam irregularmente valores financeiros e seus respectivos sócio-administradores; além de dois contadores e seus escritórios de contabilidade.

São cumpridos, ao todo, 34 mandados de busca e apreensão, em 25 endereços diferentes, dos quais 11 estão no Estado de São Paulo, 10 em Goiânia, três em Brasília e um em Campo Grande, além do sequestro de bens, direitos e valores. São 112 Policiais Federais, 54 servidores da Receita Federal e 16 da Controladoria Geral da União participando da operação.

Nome da operação

O nome da operação SOS-Saúde faz alusão tanto ao principal investigado, que se trata de uma Organização Social, que deveria fazer o correto emprego das verbas públicas destinadas à área da saúde, bem como a socorro (sigla SOS) prestado pelas instituições de controle ao serviço de saúde pública.

Fonte: Midiamax