As ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, pela primeira vez, terão suporte de equipes do Corpo de Bombeiros em 13 bases localizadas em diferentes áreas no Pantanal.
Os locais servirão de suporte para os bombeiros e equipamentos durante a temporada do fogo, que normalmente se concentra entre os meses de julho a outubro, mas que este ano – por conta da estiagem registrada desde dezembro de 2023, intensificada pelas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar – já registra grandes incêndios desde janeiro.
A partir de maio, a situação foi intensificada com aumento dos focos e registros de incêndios, e a previsão é de que os casos sejam mais recorrentes nos próximos meses. Mas o trabalho preventivo realizado no Estado, com informações sobre a situação climática desde janeiro e ainda com as atividades desenvolvidas pelos bombeiros em propriedades privadas e unidade conservação estaduais, contribui no monitoramento e controle dos incêndios florestais.
No Pantanal, a instalação das 13 bases avançadas vai ajudar a reduzir o tempo de resposta para o início das ações de combate em locais remotos e de difícil acesso, além de contribuir no monitoramento das áreas localizadas na divisa com o Estado do Mato Grosso e na fronteira com a Bolívia.
O governador Eduardo Riedel esteve nesta sexta-feira (7) no Comando-Geral dos Bombeiros, onde acompanhou a situação atual das ações de combate aos incêndios florestais no Estado. “Temos conhecimento que a situação será difícil em relação ao fogo, especialmente no Pantanal. Porém, estamos atentos e atuantes em todas as áreas do bioma e também nas demais regiões do Estado. As bases que são montadas, é algo inédito, justamente para contribuir nessas ações de combate”, disse Riedel.
A atuação dos bombeiros contribui para a rápida resposta em caso de incêndios florestais em áreas isoladas do Pantanal.
“Enviamos equipes para a região da Barra do São Lourenço uma semana antes de iniciar as bases avançadas, e isso fez muita diferença. O fogo que veio do estado vizinho queimou nove hectares, mas se não estivéssemos lá a postos, teria sido algo muito maior, de grandes proporções”, explicou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros.
Além do trabalho presencial dos bombeiros, todo o Estado também é monitorado via satélite com uso de plataformas da Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, e ainda apoio de aeronaves.
“Com a eficiência das bases avançadas, vamos aperfeiçoar este trabalho, que será permanente e autônomo, com a estrutura necessária para o trabalho de combate ao fogo”, disse o coronel Frederico Reis Pouso Salas, comandante-geral dos Bombeiros.
Com atuação planejada e organizada, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul desenvolve importante trabalho nas ações de controle e combate a incêndios florestais em todo o Estado. O apoio de diversas tecnologias contribui para a pronta resposta e efetiva extinção de focos – especialmente no Pantanal.
As boas práticas desenvolvidas em Mato Grosso do Sul, para monitoramento dos biomas e ações eficientes de combate a incêndios florestais contribuem de forma decisiva na preservação ambiental.
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