A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito para investigar policial suspeito de irregularidade na custódia da advogada Mary Stella Martins de Oliveira. Durante serviço, em 19 de junho de 2019, ele teria autorizado a saída da detenta de uma das celas para ser interrogada sem prévia autorização dos superiores.

Conforme o inquérito, o subtenente estava de serviço no dia 19 de junho, no Quartel do Batalhão da Polícia Militar de Guarda e Escolta e teria supostamente autorizado a retirada da advogada Mary Stella para ser interrogada em procedimento e uma delegacia da Capital. O procedimento teria ocorrido sem autorização do diretor do PME (Presídio Militar Estadual).

Foi constatado indício de crime militar disposto no Artigo 324 do Código Penal Militar: “Deixar no exercício da função, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar”. Outros dois sargentos também estariam envolvidos e têm conduta investigada.

Em resoluções divulgadas no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul em 2 de agosto deste ano, os três policiais militares foram transferidos de suas funções do BPMGdaE para Diretoria de Gestão do PME e um para o Comando Geral.

Relembre o caso

Mary Stella foi presa durante investigação policial após o sumiço de 100 quilos de cocaína da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. O envolvimento dela neste e em outros crimes também já era monitorado pelo Ministério Público, que a partir da prisão da advogada e do delegado titular Eder Oliveira Moraes chegou a outros envolvidos.

A advogada foi denunciada pelos crimes de corrupção e integrar organização criminosa de traficantes de drogas da região de Aquidauana. A suspeita é que o delegado dava proteção aos traficantes, repassando informações sigilosas a eles.