Na segunda-feira (29), policial militar de 46 anos que se envolveu em grave acidente na BR-163 em Campo Grande, em 9 de novembro de 2019, foi condenado pelo abuso de autoridade. Além de dirigir embriagado naquele dia, ele teria feito ameaças utilizando a arma de fogo, crime pelo qual foi denunciado.
Conforme a denúncia, apresentada em junho de 2020,o militar estava visivelmente embriagado no momento do acidente que “em razão de sua própria imprudência, resultou em vítima fatal”. Após os fatos, ele se apresentou como policial, sacou a arma de fogo e apontou para a cabeça de uma testemunha que o segurava, já que ele não conseguia parar em pé.
Pelo fato, o militar foi processado pelo abuso de autoridade e a sentença proferida na última segunda-feira. A decisão do juiz Alexandre Antunes da Silva foi de condenar o réu a um mês, sendo considerada infração ao artigo 222 do Código Penal Militar, constrangimento ilegal. A pena será cumprida em regime aberto.
O militar deverá prestar serviço comunitário, bem como comparecer em juízo, não poderá ser preso ou processado, nem mudar de endereço. Também não poderá frequentar bares e deve se recolher em casa até às 22 horas. O policial também é processado pelo acidente em que se envolveu, caso que segue em andamento.
Acidente e morte
Naquele dia 9 de novembro, no fim da tarde, o militar dirigia o HB20 embriagado, quando colidiu contra o Polo, ocupado por 4 pessoas da mesma família que seguiam para um casamento. A investigação apontou que ele estava com os faróis do carro apagados e tentou ultrapassagem indevida.
Logo após a colisão, o militar ainda ameaçou testemunhas com a arma de fogo e foi preso em flagrante, encaminhado para a delegacia. Com o acidente, todos os ocupantes do outro carro sofreram ferimentos, sendo que a menina de apenas 1 ano e 6 meses ficou em estado grave. Após algum tempo internada, ela não resistiu e faleceu na Santa Casa de Campo Grande. O motorista foi denunciado pelo homicídio culposo, lesão corporal, dirigir embriagado.