Preso por matar Laís e enterrar corpo trabalhava ilegalmente como personal, diz Conselho

Ainda na quinta-feira (5), após divulgações sobre a prisão de Pabilo dos Santos Trindade, de 35 anos, pelo feminicídio de Laís de Jesus Cruz, 29 anos, o Cref (Conselho Regional de Educação Física) emitiu nota sobre o ‘suposto personal’. Isso, porque o acusado se apresentava como personal trainer, mas não tem qualificação para atuar na área.

Em Nota, o Conselho informou que viu as notícias a respeito do “suposto personal trainer que teria assassinado e enterrado a esposa no quintal de casa, em Sonora, norte do Estado”. Assim, o Cref pontuou que Pabilo não tem registro profissional, ou seja, não é personal, nem mesmo profissional de educação física.

“O CREF11/MS destaca ainda que a atividade física deve ser orientada apenas por um Profissional de Educação, pois isso garante a qualidade e segurança dessa atividade”. Esclarece a nota. Nas redes sociais, Pabilo se apresentava como personal e inclusive publicava o ‘trabalho’ na academia, com registro de clientes.

Disse que a esposa se matou

No interrogatório, Pabilo disse que em 2 de agosto brigou com Laís por causa de uma terceira pessoa, que ele teria tentado inserir no casamento. Ele alegou que a vítima não concordou e disse que se mataria se ele fizesse isso, sendo que ele disse para ela “se matar então”. Em seguida, ele saiu de casa e, ao voltar, encontrou o corpo de Laís ensanguentado no quarto.

Desde a prisão em flagrante, Pabilo tenta alegar que não matou Laís e que a enterrou porque as pessoas não acreditariam em sua versão. A Perícia já pontuou que a vítima foi morta com um golpe de mata-leão, por asfixia, o que não seria possível ela fazer sozinha. Pabilo confessou a ocultação de cadáver e disse que contratou alguém para cavar o buraco.

No entanto, o prestador de serviços foi contratado para fazer um buraco para fossa e, a princípio, não sabia do crime. O corpo de Laís foi ocultado na terça-feira (3). Depois, Pabilo limpou o quarto com água sanitária e alegou que não era a primeira vez que a vítima tentava suicídio.

Sobre as mensagens que enviou do celular da vítima para a mãe dela e as postagens que fez em suas redes sociais, disse não saber os motivos que o levaram a fazer, mas que estava arrependido.

Boletins de ocorrência

Laís já havia registrado boletins de ocorrência contra Pabilo em novembro de 2020, por lesão corporal qualificada por violência doméstica e, em janeiro deste ano, por ameaça e dano. Segundo o registro feito em janeiro, Laís tinha medida protetiva contra o marido, por conta das agressões cometidas no ano anterior.

No dia, a Polícia Militar chegou a procurar por Pabilo na academia em que trabalha, mas ele conseguiu fugir, já que seria preso pelo descumprimento da medida protetiva.

Fonte: Midiamax