Quando o Exército usou helicóptero para entregar a revista Playboy

O Exército custou a acordar para o desaparecimento de Bruno Pereira e de Dom Phillips. Na região amazônica, o fator tempo é crucial para a localização de pessoas perdidas ou acidentadas.

Cobrado a empregar soldados, barcos e helicópteros na busca dos dois, o Comando Militar da Amazônia soltou uma nota em que dizia que as ações só seriam iniciadas com autorização superior.

Conta o jornalista Jeferson Miola que no livro “Conversas com o Comandante”, o general Villas Bôas, comandante do Exército à época da eleição de Bolsonaro, revela um fato curioso.

Palavras do general sobre sua passagem pela Amazônia:

“Já fiz referência ao coronel Pavanelo, comandante do 4º Batalhão de Aviação do Exército. Lá pelo 20º dia de internação, ouvimos um ronco de helicóptero. Depois de certificar-me de que não havia nenhum apoio aéreo previsto, aproximei-me do local de aterragem. Quando o Pantera pousou, o mecânico de bordo correu em minha direção e entregou-me um envelope pardo. Aguardei a decolagem para, então, abrir o que imaginei ser um documento. Era uma revista Playboy.”

Quando quer, o Exército sabe ser rápido.

Fonte: Metrópoles