Rússia bombardeia a Ucrânia com mísseis; Kiev diz que invasão é total

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, no início da madrugada desta quinta-feira (24/2), horário de Brasília, o início das operações militares no leste da Ucrânia, alegando necessidade de proteger os civis. Ataques foram registrados em cidades de todo o país. O governo ucraniano afirma que a invasão não se resume às regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas pela Rússia na segunda-feira (22/2).

Na manhã desta quinta, a Ucrânia é atingida por uma segunda onda de mísseis, segundo um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques. Trata-se da mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Pelo menos 20 brasileiros estão em um hotel de Kiev, a capital da Ucrânia, e pedem ajuda à embaixada brasileira para deixar o país. Entre eles, está o santista Aluísio Chaves Ribeiro Moraes Júnior, mais conhecido como Junior Moraes.

Por volta das 7h em Kiev (2h em horário de Brasília), as sirenes da capital começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta para a população de um possível ataque aéreo. O aeroporto da cidade foi esvaziado e teve os voos suspensos.

Os pedidos das autoridades ucranianas para que a população fique em casa não adiantaram muito diante do som das explosões em torno da capital Kiev. As sirenes anunciando a invasão da Rússia ao país soou mais alto e os moradores da capital e de outras cidades correram para tentar fugir. O espaço aéreo do país segue fechado.

Poucas horas depois do ataque, sinais de contra-ataque começaram a surgir, e a imprensa internacional noticia reação ucraniana contra a operação militar liderada por Vladimir Putin.

Segundo a agência de notícias Reuters, militares da Ucrânia afirmaram ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia. O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou, mediante as redes sociais, a ação. Já a Rússia, por meio da agência de notícias RIA, negou a informação.

Logo depois de o presidente russo anunciar o início das operações militares no leste da Ucrânia, o mandatário ucraniano fez pronunciamento e pediu apoio de todos os militares e da população. Disse que está distribuindo armas para que todos possam se defender. Volodymyr Zelensky ressaltou ainda que o país “não vai entregar sua liberdade”.

Fonte: Metropoles