Sem motoristas de App disponíveis ou viagens canceladas, procura por mototaxistas aumenta até 50% em Campo Grande

Com o aumento da gasolina e a constante recusa de corridas nos aplicativos de mobilidade urbana, os mototaxistas de Campo Grande sentiram um aumento de até 50% na procura pelo serviço, mas ainda não é o suficiente para lidar com impostos e respirar aliviado no trabalho.

Na região central da Capital, um mototaxista, de 46 anos, tem vivenciado um aumento na procura pelos serviços. “Deu uma melhorada de três meses pra cá. As corridas para carros de aplicativo estão mais caras e muitas vezes das 6h às 8h não tem carro”, disse ele.

Mesmo com a pequena retomada, o fluxo ainda não é suficiente para quitar gastos e dívidas. “Quando começou a pandemia muitos abandonaram, não tem condições. O ponto [bom] mesmo é aqui no centro, se não for aqui não tem corrida boa”, explicou.

Atuando na área desde 2010, outro trabalhador expôs um problema que tem afetado diversos colegas de profissão. “A maioria dos mototaxistas está com o ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e outros impostos municipais atrasados. São taxas que a gente tem que é pequeno tem que pagar, mas a dívida do Consócio Guaicurus foi isentada. É uma sacanagem com o trabalhador. A gente que não tem poder financeiro não temos perdão, mas o consócio que tem muito dinheiro é perdoado”, disse o piloto de 54 anos.

O profissional também sentiu um amento na procura por corridas de moto, mas nada que mudasse a situação como um todo. “Foi um aumento de 50% de um mês para agora. À medida que o combustível aumentou a balança foi melhorando para gente, mas a maioria deve entre 1 ou 2 mil em impostos”, afirmou.

Corridas no bairro

O jornal Midiamax abordou outro profissional, de 36 anos, na região do Trevo Imbirussu. No seu relato, ele conta que também sentiu um aumento na demanda. “Desde a época que começou esses aumentos na gasolina o nosso movimento subiu em mais de 50%. Os clientes relatam que os motoristas de aplicativo não estão atendendo, ou o das corridas está muito alto”, disse ele.

Com 12 anos de profissão, ele já sente uma defasagem no preço das corridas. “A tarifa precisa ser atualizada, tem quase 5 anos que não aumenta. Tudo aumentou, menos o valor da corrida”, finalizou.

Fonte: Midiamax