Suposta interferência de candidato na disputa eleitoral pode tornar Alan Guedes inelegível

O Professor Leonardo Pescinelli Martins, conhecido como professor Leo, ganhou destaque nesta terça-feira (21) ao ser publicado no site de notícias Eita Jornal, suposta cobrança a promessa não cumprida pelo Presidente do Partido Progressista de Dourados.

Entenda

Eudelio Almeida de Mendonça, pai do prefeito Alan Guedes e Presidente do Partido Progressista em Dourados, disputou as eleições de 2022, ao cargo de deputado federal, não chegando nem perto de ser eleito.

Conforme prints de conversas divulgadas no jornal, aparentemente apoiadores receberam a promessa do pai do prefeito de nomeação de cargos na Prefeitura Municipal.

“Ele (Alan) sempre me acompanha”

Na conversa, o Presidente do Progressistas diz, “não consegui sentar com ele (Alan) pra ver esse nosso caso e outros. (…) De qualquer forma se eu achar que é interessante ele sempre me acompanha” – deduzindo que suposta promessa não se tratava de caso isolado, mas que havia outros casos a serem discutidos de suposto uso da máquina pública em benefício da disputa eleitoral com o Al-caide Guedes.

Fio de bigode

Ainda de acordo com as conversas divulgadas, após o fim das eleições, cobrada a suposta promessa, Eudélio diz que “palavra por palavra você também não se esforçou!” – indicando que suposta promessa não cumprida se justifica pela quantidade reduzida de votos que obteve em Dourados, atribuindo o resultado das urnas aos apoiadores e não a descrença dos eleitores.

Conduta proibida na disputa eleitoral

A lei de eleições regulamenta a proibição de candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição – e prevê pena de reclusão até quatro anos.

Conduta proibida na disputa eleitoral 2

Também estabelece no artigo 73, a proibição de agentes públicos interferirem na igualdade de oportunidades entre candidatos e nomear, contratar ou de qualquer forma admitir nos três meses que antecem até a posse dos eleitos. Resta saber, se houve alguma nomeação, contratação, ainda que de forma isolada a qualquer apoiador para que a suposta promessa, caracterize a participação, interferência, e eventual responsabilização do prefeito municipal. Sendo comprovada suposta prática, pode comprometer a candidatura a reeleição do Prefeito.

Autoridades competentes

De acordo com o Eita Jornal, em contato com o professor, os print’s com as mensagens trocadas serão protocolado no Ministério Público Estadual, Federal, Cartório Eleitoral de Dourados, Tribunal Eleitoral e Tribunal Superior Eleitoral.

O Professor Léo foi candidato à Vice-prefeito na chapa encabeçada pelo advogado Dr. Wilson Mattos nas eleições de 2020 na coligação entre PTB e PDT “Igualdade para Todos”.

Redação 67News com informações “Eita Jornal”