Pelé morreu na tarde desta quinta-feira (29/12), aos 82 anos, por falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon. Antes de deixar o mundo do futebol em luto, o Rei já havia escolhido o local que seria enterrado, em 2003.
O ex-jogador havia comprado um lóculo no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, no litoral de São Paulo.
“Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério”, explicou Pelé, em 2003.
“Não tenho medo algum da morte. Isso, como já falei, ainda vai demorar muito para acontecer comigo. E tem outra coisa: o Pelé não vai ser sepultado na Memorial. Ele é imortal, eterno. Quem vai ser é o Edson”, completou o ex-jogador, enquanto tinha 62 anos.
Pelé escolheu o nono andar, em homenagem ao pai, João Ramos do Nascimento, que usava a camisa de número nove nos tempos de jogador e com vista para o Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, estádio do Santos, onde Edson Arantes fez história.
“Ele era centroavante e usava a camisa nove. Por isso, escolhi o andar com este número e que dá para ver o estádio. Com certeza, ele iria aprovar a ideia”, comentou Pelé.
O cemitério vertical, localizado no bairro do Marapé, está desde 1991 no Guinness Book, o Livro dos Recordes, como o mais alto do mundo.
Fonte: Metrópoles