Após anúncio feito nesta segunda-feira (15) de que o salário mínimo previsto para 2025 será de R$ 1.502, o Jornal Midiamax foi às ruas para saber o que o aumento de 6,37%, em relação aos R$ 1.412 pagos atualmente, representa para assalariados.
O reajuste consta no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), apresentado nesta segunda-feira pelo Governo Federal, e segue a nova regra de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) além da inflação do período.
Para o comerciante Ricardo Negreti, de 34 anos, o aumento é muito pequeno. “Eu acho que deveria ser maior, a inflação está mais acima e as coisas subiram muito, R$ 90 não faz muita diferença pra gente”, compartilha o jovem.
“Eu acho que o salário mínimo deveria estar na casa dos R$ 2 mil. Uma pessoa que ganha um salário mínimo hoje não consegue pagar aluguel, comer e pagar as contas”, analisa Ricardo.
Essa também é a opinião do caminhoneiro Alessandro Paes, de 46 anos. Ele considera que o reajuste pesa no orçamento dos empresários, mas para o trabalhador, o valor é baixo.
“Para o empresário é muito, para quem recebe é pouco. Para quem paga dois ou três salários mínimos o gasto vai para outro patamar, mas para quem recebe, vai ajudar a pagar as contas, mas é pouco”, avalia.
Para ele, fica difícil equilibrar as contas com uma renda mínima na casa dos R$ 1.500. “Não dá pra passar o mês só com R$ 1.502. Tem gente que paga aluguel, pensão, são várias contas. Hoje, uma compra do mês é muito cara, penso que o salário mínimo no Brasil tinha que ser pelo menos R$ 2 mil”, afirma.
Ângela Posser, de 48 anos, está desempregada e também considera o valor insuficiente para arcar com as despesas básicas do brasileiro. “Não é o suficiente. Com o preço das coisas tudo subindo, é muito pouco. Pra mim, do jeito que está, o salário mínimo deveria ser de R$ 4 mil”, aponta.
Outros impactos do mínimo
O aumento do mínimo também vai gerar reajuste em outros benefícios, já que ele funciona como referência para o pagamento de aposentadorias, auxílios e demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Quem for receber a primeira faixa do seguro-desemprego também vai sentir o aumento do salário mínimo, já que o benefício não pode ser menor do que o piso nacional.
A alteração também influencia no CadÚnico (Cadastro Único), que rege os programas sociais do Governo Federal. Isso porque o sistema considera como de baixa renda as famílias que possuem renda mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo.
Fonte: Midiamax