Se nós, seres humanos, já sofremos quando o frio chega sem aviso prévio e com grande intensidade, imagine o seu animal de estimação. Com a mudança repentina do clima, os pets requerem atenção dobrada para manter a saúde e o bem-estar em dia.
Afinal, cães e gatos também sentem frio e ficam, como nós, igualmente propensos a resfriados, bactérias e gripes.
Para ajudar os donos de primeira viagem, a redação do MidiaMAIS conversou com o médico veterinário Paulo Cesar de Freitas Basso, da Super Pet Shop, e separou algumas dicas para manter o seu melhor amigo quentinho e saudável durante o inverno. Confira:
Mantenha o animal quentinho, mas sem exageros
Colocar uma roupinha nos animais que possuem pelos curtos ou não tem pelo, é uma ótima alternativa no frio, principalmente levando em consideração o mercado de “looks” oferecidos para os pets.
Podem ficar a coisa mais fofa apenas com um moletom. O ideal também é evitar tosas muito curtas para que o animal possa se aquecer naturalmente.
“Neste clima frio, é muito importante que seja disponibilizado para os animalzinhos casinhas, cobertas e roupas, que ajude a evitar uma possível enfermidade.
E um cuidado especial para as pessoas que gostam de levar os animais para passeios. Aconselha-se evitar tosas muito curtas, observar os ouvidos”, ressalta Paulo Basso.
Programe a tosa para até 3 meses antes da chegada do inverno, se o seu cachorro é idoso ou vive em área externa.
Apesar disso, não é recomendado que animais de pelo muito espesso ou em grande quantidade, utilizem agasalhos.
O exagero nas roupinhas pode fazer com que o animal corra o risco de sofrer com hipertermia.
Dose as quantidades de ração e exercício
Siga a orientação indicada para alimentar o seu cachorro ou gato. Aumente a porção, apenas, com indicação do veterinário. Em qualquer época do ano, o ideal é manter a dieta e preservar a saúde do seu amigo.
“É comum, em dias frios, o animal apresentar um aumento do apetite e passar a comer mais, então é recomendado ficar de olho nas refeições do animal e, se necessário, dosar a quantidade”, afirma o veterinário Paulo Basso.
O ideal é não deixar o animal preso em casa durante os período de frio, mantendo os passeios e exercícios diários para que a temperatura corporal continue estável e sempre nos momentos mais quentes do dia, como período da tarde.
“No inverno, ocorre uma inibição energética dos animais, cabendo aos tutores estimular os animais com brincadeiras e corridas em horários mais quentes do dia”, completa.
Preste atenção nos sinais e mantenha as vacinas em dia
Cães e gatos não estão imunes às doenças causadas pelo frio e assim como nós, devem ser vacinados para precaver uma possível enfermidade no futuro.
O melhor à fazer é manter a carteira de vacinação do seu animal sempre em dia, principalmente as obrigatórias. Preste atenção se o seu cão está tossindo e leve-o ao veterinário.
A gripe canina pode evoluir para a pneumonia se não for bem tratada.
“Agora no inverno, os cães ficam mais sucessíveis a serem acometidos por certas doenças respiratórias, oculares e osteoarticulares, costumando aparecer sintomas como espirros, tosses, secreções nasais e febre.
Ressalva-se ainda, a importância das vacinas dos animais neste período, para que eles consigam passar por esta estação sem problemas mais graves como doenças virais e bacterianas.
Aconselha-se a levar o animalzinho em pet shop’s com água morna e que tomem cuidado com possíveis friagens”, aconselha Paulo Basso.
Carinho também é remédio
Aproveite os poucos momentos de frio oferecidos pelo clima de Campo Grande, para dar carinho ao seu amigo de estimação e aquece-los com a sua companhia.
Também é um ótimo período para adotar um animal abandonado que não tem a oportunidade de um abrigo quentinho ou uma refeição.
O mais importante é o amor, abraço, carinho que não só aquecem o corpo, como aquecem a alma do seu fiel amigo.