Acusado de matar e esconder corpo de ex-mulher no sofá vai a júri

Vai a júri nesta sexta-feira, dia 04 de outubro, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o réu E.D.C.N., acusado pelo homicídio qualificado de Aparecida Anauanny Martins de Oliveira. O homem é acusado de matar a ex-esposa no dia 6 de março de 2007 e esconder seu corpo dentro de um sofá. O julgamento começa a partir das 8 horas no plenário do tribunal do júri, no Fórum Heitor Medeiros.

De acordo com a denúncia, a vítima, que já estava separada de fato do acusado por cerca de um mês, encontrou-se com ele em sua residência, no bairro Coophamat, para buscar o filho e conversar com o ex-marido, que insistia em reatar o relacionamento. Já no apartamento, a avó da criança, que também morava no local, levou o neto para passear e deixou o casal a sós.

Neste momento, o acusado teria iniciado uma discussão com a ex-companheira por ciúmes. Em meio a briga, ele teria subitamente a agarrado e aplicado uma chave de braço por cerca de três minutos, matando-a asfixiada. Em seguida, escondeu seu corpo dentro de uma poltrona de sofá do quarto. A mulher só foi encontrada no dia seguinte pela mãe do acusado, devido ao odor característico que já começava a exalar.

Após o cometimento do delito, o réu fugiu para o Paraguai e permaneceu em local desconhecido pela justiça por 10 anos. Somente em agosto de 2017 ele foi capturado com ajuda da Interpol na região do município de Ponta Porã.

O processo criminal então pode prosseguir, tendo o acusado sido interrogado, em dezembro de 2017, em audiência inédita no Poder Judiciário estadual: o magistrado deslocou-se, acompanhado do promotor de justiça do caso e do advogado de defesa, à Santa Casa de Campo Grande para ouvi-lo, vez que estava internado para tratamento de um câncer há mais de dois meses.

Terminada a fase de instrução processual, o juiz entendeu haver indícios suficientes a justificar o pronunciamento do réu, que ocorreu em fevereiro de 2018. O acusado recorreu, porém em março deste ano houve o julgamento e o TJMS manteve a pronúncia.

Ele será levado a júri popular por homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como por ocultação de cadáver.