A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso não foi aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Foram 23 votos contrários ao parecer, ante 11 votos favoráveis. Os parlamentares de Mato Grosso do Sul consideraram a decisão sensata.
O deputado Fábio Trad (PSD) considerou a decisão lúcida e acha difícil a PEC ser votada em plenário. “Pode se o [Arthur] Lira quiser, mas pelo placar dilatado pela rejeição, acho difícil. Achei sensata a decisão, lúcida”.
Segundo Dagoberto Nogueira (PDT), Lira vai mandar a PEC para ser votada em plenário. “Ele acha que pode reverter os votos, eu acho que onde eles iriam ganhar era na Comissão porque trocaram muitos membros para poder conseguir aprovação lá e mesmo assim perderam”.
Conforme o parlamentar, se for para plenário, a PEC não deve ser aprovada. “A surra vai ser maior. Com tudo que fizeram, foi 23 a 11 na Comissão mesmo substituindo vários deputados”.
Para Vander Loubet (PT), a decisão aprovada na Comissão Especial precisa ser comemorada. “A proposta de canhoto impresso nada tem a ver com preocupação com transparência nas eleições, pelo contrário, é parte de um movimento para tumultuar o processo eleitoral de 2022”.
Ainda conforme Loubet, há chances de ser votada em plenário. “As chances existem, mas não acredito que o presidente da Casa vá desrespeitar a decisão da Comissão Especial. E, se for a plenário, acredito que temos maioria para derrotar a proposta”.