“Ele me tornou uma flecha polida e escondeu-me na sua aljava” (Isaías. 49:1,2)
No que diz respeito a nossa orientação profissional, é natural estarmos preocupados em atender as expectativas de nossas famílias.
Tendenciosos a impressionar aqueles que estão ao nosso redor ou exercer aquilo que nos traga contentamento ou um bom retorno financeiro.
Entretanto, acabamos nos esquecendo de perseguir aquilo para o qual fomos criados, o que extingue qualquer possibilidade de uma dedicação de todo coração. O que faz que corramos o risco de estar construindo um prédio que possivelmente seja edificado no terreno errado.
Uma vida sem propósito de existência pode ser comparada a um bumerangue que, embora possa percorrer um longo trajeto, prossegue sem destino, e não chega a lugar algum.
Deus, por outro lado, é Aquele que nos chama e nos compara a flechas polidas, certeiras em Seu propósito. Conforme escrito:
O termo “flecha polida” refere-se àquela que fora minuciosamente tratada antes de ser usada para um determinado objetivo.
Esta, uma vez tratada, encontra-se à disposição do arqueiro que no momento oportuno a lançará para seu objetivo final.
Assim Deus lida conosco, pois por Ele fomos criados, tratados, chamados pelas intempéries da vida e enviados.
Contudo, precisamos estar alinhados ao Seu projeto para nossa existência. A Bíblia diz: “Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir” (Salmos 139:16).
O Apóstolo Paulo, fazia aquilo que acreditava ser seu objetivo perseguindo cristãos em seu zelo farisaico, até que fora surpreendido pelo chamado de Cristo a caminho de Damasco. Posteriormente, obteve a revelação no que se refere a sua vocação.
Em função deste chamado, viveu, sofreu e morreu. “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (Atos 20:24).
Jesus sabia quem era, mesmo quando o próprio diabo tentou-o lançando sementes de dúvida, “Se tu és o Filho de Deus[…]” (Lucas 4:3).
Permaneceu firme em sua missão, mesmo quando seu discípulo tentou coagi-lo para que tivesse compaixão de si mesmo. “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (Mateus 16:22).
Além disso considerava a vontade do Pai acima de qualquer necessidade fisiológica, “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra” (João 4:34) e glorificou o Pai na realização desta obra conforme João 17:4.
Uma excelente definição de John Maxwell a respeito de sucesso consiste em três coisas: Conhecer seu propósito na vida; crescer para atingir seu potencial máximo; e lançar sementes que beneficiem outros.
Henry Ford declarou: “Todo o segredo de uma vida bem-sucedida consiste em descobrir o que a pessoa está destinada a fazer e, então fazê-lo” . Viktor Frankl, médico psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.
Este, quando passava pela terrível experiência do campo de concentração, observava que, de entre os prisioneiros, aqueles que melhor conservaram o autodomínio e a sanidade eram aqueles que tinham um forte senso de dever, missão e obrigação.
Desta forma, podemos concluir que todos temos a responsabilidade de prosseguir com o propósito para o qual foi alcançado por Deus, (Filipenses 3:12) uma vez que a alma humana não pode suportar a ausência de sentido.
Sigamos, assim, o exemplo de Paulo conforme escrito, “Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13-14)
Gustavo Emidio