Folia do preço nas alturas: governo tenta baratear passagens aéreas

Com as tarifas nas alturas, uma tentativa de solução para baixar os preços das passagens aéreas no Brasil só deverá ser apresentada em março, após ficar pronta proposta que ainda é elaborada em conjunto pelos ministérios da Fazenda, de Portos e Aeroportos e de Minas e Energia (MME). Na última segunda-feira (5/2), o ministro Fernando Haddad disse que só no fim do mês de fevereiro deve consolidar um diagnóstico do setor.

Na última semana, o titular do MME, Alexandre Silveira, esteve com o ministro de Aeroportos, Silvio Costa Filho, e os dois decidiram pela instalação de um grupo de trabalho (GT) junto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para estudar formas de reduzir os preços das passagens a partir da composição dos valores do combustível de aviação (QAV).

“Queremos democratizar a tarifa das passagens aéreas no país, fazendo com que a classe média e as pessoas menos favorecidas voltem a usar os aeroportos, assim como aconteceu nos primeiros mandatos do presidente Lula. E sabemos que o preço do QAV é determinante na composição das tarifas das empresas”, afirmou Alexandre Silveira.

Os resultados desse GT serão apresentados na próxima reunião do CNPE, em março.

Há uma alta significativa nos preços do serviço e as empresas aéreas ainda acumulam reclamações pela má qualidade. As companhias apontam que um dos maiores custos do setor é justamente o QAV.

Em dezembro, durante agenda no Amapá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se queixou dos preços das passagens e da conta de energia elétrica nos estados. “Não tem explicação, não tem explicação o preço das passagens de avião nesse país”, afirmou o petista. “São coisas que o governo vai ter que se debruçar, o Senado vai ter que se debruçar, para encontrar uma solução”, completou.

No primeiro mês de 2024, houve um recuo: as passagens aéreas caíram 15,22%, gerando um pequeno alívio para o consumidor. Ainda não há dados preliminares sobre o mês de fevereiro, mas a expectativa é que os preços voltem a subir em razão do feriado de Carnaval.

Fonte: Metrópoles