Há pouco mais de um mês, Leo Dias, foi procurado por uma profissional de um hospital privado. Que insistiu que precisava falar com ele, para denunciar um caso atípico que ocorrera há algumas horas naquela casa de saúde.
A moça, sob a condição de anonimato, disse que, pela primeira vez, o nascimento de uma criança não poderia ser registrado na maternidade. Nenhum dado sobre o nascimento poderia ser incluído no sistema.
O que lhe causou espanto, ao saber que a mulher que deu à luz aquela criança era Klara Castanho. Até aquele momento, o Leo não tinha noção do contexto de violência envolvendo a gestação. Pois o contato do colunista com Klara não era próximo, mas, há alguns meses, a mãe dela lhe enviou mensagem carinhosa pelo Instagram e por intermédio deste contato, Leo achou que deveria, mandar uma mensagem, no sentido de tentar entender o que estava ocorrendo.
Àquela altura, não tinha noção de todos os fatos. Não sabia que ela havia sido vítima de um estupro. Klara lhe respondeu poucas horas depois. Chegando a conversar por telefone.
“Na conversa, Klara me relatou a violência de que foi vítima. E sua decisão de entregar a criança para a adoção. Me pediu que eu não escrevesse sobre o assunto. E eu, prontamente, me comprometi com ela a não expor a história publicamente.
O relato de Klara foi tão impactante, aquela história era tão perturbadora, que, em um ato irrefletido, me ofereci para adotar a criança. E, desde aquele momento, esta história não saiu da minha cabeça. Confidenciei isso a duas pessoas próximas.
Mais de um mês se passou. Eu permaneci sem escrever sobre a história. Mas, desde maio, fui surpreendido com vídeos e posts em que influenciadores relataram o caso ou parte dele. Evitei, assim como havia me comprometido, a revelar a identidade da atriz, mesmo tendo sido provocado a falar sobre o caso”.
Fonte: Coluna Leo Dias – Metrópoles
