CRIANÇA AGREDIDA

Mãe procura a polícia após a filha voltar machucada pela segunda vez de Ceinf

Uma mãe de 38 anos procurou a Depca para denunciar maus-tratos que, segundo ela, foram sofridos pela filha no Ceinf, em Campo Grande. Segundo a mãe, a criança relata que foi vítima de uma professora.

O primeiro boletim foi registrado no dia 29 de agosto. A mãe explicou que foi dar banho na filha e a criança se queixou de dores e apresentava lesão e vermelhidão no órgão genital. A criança foi ouvida nesse dia, com ajuda de uma psicóloga, e segundo a reportagem apurou, teria afirmado que a professora passou uma pomada na parte íntima.

Nesta quinta-feira (20), a cabeleireira voltou a procurar a polícia. Dessa vez o motivo é uma queimadura. A mãe foi buscar a criança na tarde de ontem e, novamente no banho, percebeu a lesão, que foi confirmada por uma profissional médica na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Almeida.

“Ontem assim que peguei ela da creche fui em casa, fui lavar ela e coloquei ela de pé e vi na barriguinha dela aquele monte de bolha. Perguntei pra ela e ela disse que foi choque, a tia da creche que deu um choque nela”, contou.

A mulher foi até o Ceinf novamente, mas no local, reclama do comportamento da diretora, que segundo ela, é de “deboche”. Segundo ela, a criança indica um nome de uma professora e a diretora afirma apenas que não existe esse profissional no local.

“A médica mandou esse papel, ficou muito indignada, isso é óbvio que é queimadura. Falou pra eu não deixar isso impune. Ela foi queimada sim”, complementa. Nesta Quinta (20), a mãe foi novamente ao Centro de Educação e dessa vez chamou a polícia, e a Guarda Municipal foi até o local.

“Aí cheguei lá ela falou assim pra mim: ‘sinto muito, mas sua filha já chegou aqui assim’. Aí liguei para polícia. Quem me prova que ela não tirou tudo que tinha que machucasse as crianças”, afirma.

A Semed (Secretaria Municipal de Saúde) foi acionada e informou que irá emitir posicionamento no início da tarde.

A DPCA abriu inquérito para apurar o caso. Os nomes não são divulgados para preservar a criança, como prevê o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em casos de maus-tratos.

Fonte: Izabela Sanchez