Ministros do Palácio do Planalto deflagraram uma operação, nos bastidores, para arrefecer a pressão de lideranças do PT pela demissão do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Após as invasões golpistas do domingo (8/1), líderes petistas passaram a pressionar Lula a exonerar Múcio, sob o argumento de que o ministro teria sido “conivente” com os golpistas.
Petistas lembram que, antes das invasões, Múcio era contra a retirada à força dos bolsonaristas das portas dos quartéis. O ministro previa que os golpistas deixariam o local de forma voluntária.
Para arrefecer a pressão, ministros palacianos têm procurado lideranças do PT pedindo que evitem críticas a Múcio. Também passaram a dar declarações públicas defendendo o titular da Defesa.
A estratégia de ministros do Planalto também visa arrefecer o “fogo-amigo” contra Múcio por parte de alguns ministros do governo que têm criticado o colega após as invasões golpistas.
O próprio presidente também fez críticas a Múcio nos bastidores, mas tem ponderado que não pretende demitir o ministro, por considerá-lo um bom negociador e interlocutor com as Forças Armadas.