Adolescente de 14 anos com tuberculose aguarda vaga em hospital

Diagnosticada com um quadro de tuberculose grave, a adolescente Amanda Danniely da Silva Seren, de 14 anos, aguarda uma vaga em hospital de Campo Grande.

No entanto, a menina não consegue ser transferida da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Vila Almeida, onde atualmente está internada, porque funcionários alegam que não há vagas em nenhum hospital da cidade, o que preocupa a prima da jovem, Anna Karolina, que teme pela vida dela, devido a saúde bastante prejudicada.

Em entrevista ao jornal Correio do Estado, Anna Karolina contou que desde fevereiro a menina está doente, apresentando sintomas de tosse, pressão no peito e febre.

“Primeiramente o médico diagnosticou como dengue e aí ela foi medicada”, disse. Mas a situação não melhorou e, por volta do fim do mês de fevereiro, a adolescente, fraca por conta de uma anemia, foi diagnosticada, por meio de raio-x, com pneumonia.

Os medicamentos que os médicos passavam nos dias em que Amanda ia no UPA não estavam fazendo efeito. Conforme Anna, no mês de março e abril, a menina foi várias vezes às unidades de saúde.

Na quinta-feira passada (18), em mais uma crise na saúde da paciente, ela foi novamente ao UPA, onde foi pedido um novo exame de raio-x, que foi comparado com a radiografia feita anteriormente e indicou uma grande mancha escura no pulmão da adolescente.

Depois da comparação, a menina teria que ir diariamente até a unidade para receber a medicação pela veia, já que oralmente não surtia efeito.

Um exame de sangue nesta semana apontou a tuberculose como a causa dos problemas, sendo comprovado por um exame específico.

Ao ser dado o nome diagnóstico, ela foi internada isoladamente no local para tratamento, porém, o caso requer a internação em uma unidade hospitalar. “O estado dela é muito grave; Ela perdeu 25 quilos, está pesando 40 quilos; Ela corre risco se ficar no UPA”, disse a familiar.

Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou, em nota, que a paciente encontra-se em processo de regulação e, assim que houver disponibilidade de leitos por parte dos hospitais, ela será transferida.

“É preciso reforçar que, apesar da necessidade de encaminhamento para uma unidade hospitalar, a paciente está recebendo toda a assistência possível na unidade do município, sendo acompanhada pela equipe de médicos e enfermeiros”, diz a nota.

FALTA DE VAGAS

Reportagem publicada no Correio do Estado na terça-feira mostrou que mesmo com a abertura total dos 100 leitos da Unidade do Trauma da Santa Casa, centenas de pacientes ainda aguardavam vagas hospitalares em Campo Grande. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a situação é preocupante principalmente por haver pacientes do interior de Mato Grosso do Sul na fila.