A retomada dos testes da Coronavac deve ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (11). Para que ocorra a liberação, é necessária a aprovação em uma votação entre 18 servidores do quadro técnico da Anvisa.
Com expectativa de decidir logo, técnicos da agência ficaram reunidos até o fim desta terça (10) para análise da documentação entregue pelo governo de São Paulo sobre a vacina e o “evento adverso grave”, nome dado para quando ocorre um fato não esperado pelo estudo, como óbito, invalidez ou reação grave à substância.
A decisão da agência foi adiada para esta quarta, com a justificativa de que haverá uma avaliação melhor das informações.
O evento relatado não teve relação direta com a vacina. Mas a Anvisa afirmou que o Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a chinesa Sinovac, não deu os esclarecimentos necessários a tempo, antes da decisão tomada pela Anvisa de interromper os testes.
A documentação chegou oficialmente nesta terça. Mas a Anvisa informou que ainda seria necessário o aval do Comitê Internacional Independente, o que saiu na tarde deste mesmo dia.
Briga técnica
O governador de São Paulo, João Doria, optou por não comparecer à coletiva que convocou sobre a suspensão dos testes, na terça-feira (10). E, com isso, deixar a resposta por conta dos técnicos do governo paulista.
A Anvisa também convocou uma coletiva, que ocorreu poucas horas depois, com técnicos da agência para reafirmar que decisão foi técnica e seguiu protocolos rígidos de segurança.
Ainda na terça, ao responder a um internauta sobre a suspensão dos testes, a conta de Jair Bolsonaro no Facebook postou que o presidente “ganhou mais uma”. Mais tarde, o presidente disse que a pandemia de coronavírus foi “superdimensionada”.