Comissão debate estudo sobre potencial vacina anticocaína que protege bebês em gestação

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promove debate nesta quinta-feira (28) sobre vacina desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que pode proteger mulheres e seus bebês dos efeitos do uso de cocaína durante a gravidez. A audiência foi sugerida pelos deputados Francisco Jr. (PSD-GO) e Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr (PP-RJ).

Recentemente, foi publicado na Revista Psiquiatria Molecular, do grupo Nature, artigo sobre pesquisa inédita realizada pela UFMG que demonstrou que o uso de uma potencial vacina anticocaína por ela desenvolvida pode proteger grávidas e seus bebês durante a gestação e a amamentação.

Segundo o artigo, “os experimentos em fase pré-clínica mostraram que o medicamento é eficaz para inibir os efeitos da cocaína no cérebro durante a gestação e a amamentação, com produção de anticorpos do tipo IGG”.

O professor Frederico Garcia, um dos coordenadores da equipe de pesquisadores, destaca que “o uso de crack e cocaína na gravidez é problema de saúde pública, pois a droga afeta não só o feto, mas a mãe e a criança a médio e longo prazos.
Dessa forma, essa solução inovadora pode beneficiar as novas gerações e oferecer,
de forma inovadora, prevenção primária em saúde mental”.

Na avaliação dos parlamentares que pediram o debate, os resultados iniciais da pesquisa são animadores e  merecem a atenção desta Comissão, “especialmente porque um empreendimento dessa magnitude e alcance necessita de investimento público para que os resultados sejam otimizados”.

Foram convidados os seguintes professores da UFMG:
– a reitora Sandra Regina Goulart Almeida;
– o diretor da Faculdade de Medicina, Humberto José Alves;
– o titular do Departamento de Saúde Mental, Frederico Duarte Garcia; e
– a titular do Departamento de Saúde Mental,  Maila de Castro Lourenço das Neves.

O debate será realizado às 10 horas, em plenário a ser definido. O público poderá acompanhar o debate e participar da discussão pela internet. 

Da Redação – RL

Fonte: Agência Câmara de Notícias