Levantamento do Dourados News junto à Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) de Dourados revela que atualmente a cidade tem registro de mais de 5,5 mil pontos de iluminação em via pública que precisam de reparos, principalmente no que diz respeito a troca de lâmpadas.
O ‘apagão’ em vários pontos têm sido alvo de reclamações constantes da população em diversos bairros e até mesmo na área central, onde geralmente o cuidado com a iluminação é mais presente. No entanto, somente no Centro, são 600 os reparos que precisam ser feitos.
Ainda conforme os dados da Semsur, Dourados possui cerca de 30 mil pontos de iluminação. O problema na rede pública vai desde a necessidade da troca de lâmpadas como também de serviços mais complexos, como a troca de reatores e demais manutenções. No entanto, falta material e mão de obra.
“Temos o levantamento [de reparos necessários], isso está bem espalhado na cidade toda, só na área central tem mais de 600 lâmpadas a trocar. São em avenidas, bairros próximos ou distantes. Então está bem complicado mesmo. É uma questão de que temos ciência e já temos planejamento e cronograma para resolver. O que a gente não tem é condições imediatas, porque não terminaram as licitações ainda de material e nem de terceirização”, explicou o secretário municipal de Serviços Urbanos, Romualdo Diniz.
Atualmente o município tem licitações em andamento para a compra de materiais e também a contratação de uma empresa terceirizada que será a responsável pela manutenção na rede, com um contrato para atender a 3,6 mil pontos por mês. Para resolver o problema atual, seriam dois meses de serviços. Enquanto esses processos ainda seguem em andamento, a prefeitura enfrenta dificuldades e tem trabalhado de forma paliativa, atendendo a demandas mais urgentes.
“Hoje nós acabamos com nosso estoque de reatores e relés [componente eletromecânico com o qual é possível acionar um interruptor a partir de um sinal]. Então temos apenas algumas lâmpadas e só elas na maioria dos casos não resolvem. Às vezes se coloca uma lâmpada nova em um reator velho e depois de três ou quatro dias ele apaga. Então atualmente nós não estamos mesmo conseguindo solucionar, mas essa licitação de compra de material está em fase final de seleção dos fornecedores e contratação, então imagino que dentro de uns 15 dias deve ter fornecedor. Até lá, estamos somente nos dedicando e arrumando na rua o que é sistema”, explicou Diniz.
Quando fala de ‘sistema’, o secretário refere-se a outro problema que também é um fator de influência nos vários pontos de iluminação apagados pela cidade: os danos causados por empresas de telefonia e internet, por exemplo, quando vão fazer instalações.
“Tem muitas coisas na rua que estão apagadas por conta dessas empresas que estão nos postes e acabam estragando ou apagando até de propósito, cortando os cabos da iluminação e depois não ligam de novo. Então esses casos de problemas em sistemas de instalações é que nós estamos conseguindo salvar atualmente. Estamos focando nisso pela falta de material”.
Não há uma base em números de danos registrados por empresas e operadoras, mas conforme o secretário “é significativo, pois além do problema de desligar as lâmpadas, tem os fios pendurados”.
A prefeitura trabalha atualmente em um levantamento de quais e quantas empresas desse gênero atuam no município e vai elaborar uma legislação para responsabilização das mesmas.
“Todas as cidades têm esse problema. Tenho buscado que saída deram em outros lugares e não achei cidade que tenha resolvido de uma maneira satisfatória. Então o que nós vamos fazer aqui é uma legislação que vai obrigar a identificação dessas empresas nos postes e punir quem desobedecer ou causar esses prejuízos”, destacou Diniz, que tem se reunido também com a companhia responsável pelos postes de fornecimento de energia elétrica.