Portugal vai iniciar a defesa do título europeu nesta terça-feira com a difícil tarefa de superar o Grupo F do Euro2020 de futebol, que contém dois favoritos à vitória final, Alemanha e França, e a Hungria, à procura de surpreender.
Pela primeira vez desde 1992, os detentores dos títulos europeu (Portugal) e mundial (França) estão no mesmo grupo, considerado o da ‘morte’, juntamente com as anfitriãs Alemanha, campeã do mundo em 2014, e Hungria, que assegurou a fase final via ‘play-offs’.
Neste segundo campeonato Europa consecutivo com 24 equipas, os dois primeiros colocados das seis ‘poules’ e os quatro melhores terceiros seguem para os oitavos de final.
A estreia diante da seleção magiar irá assinalar o terceiro jogo entre Portugal e Hungria numa fase final, depois dos embates rumo ao ‘bronze’ Mundial, em 1966, e ao título europeu, em 2016, ambos em fases de grupos.
A equipa de Fernando Santos tem encontro marcado com a Hungria esta terça-feira, 15 de junho, no Estádio Ferenc Puskás, em Budapeste, palco que vai acolher os magiares perante milhares de adeptos – podem chegar aos 67.000, espalhados pelas bancadas.
Pela quarta vez na fase final, repetindo as presenças de 1964, 1972 e 2016, a Hungria tem no médio ofensivo Dominik Szoboszlai, que em janeiro trocou os austríacos do Salzburgo pelo Leipzig, a sua grande baixa, devido a lesão.
Seguem-se os dois últimos campeões mundiais, com a poderosa Alemanha a receber Portugal, em 19 de junho, na Arena de Munique, e muito provavelmente, com 14.500 apoiantes no segundo maior estádio germânico.
Com a anunciada saída de Joachim Löw do comando técnico da Alemanha, após concluída a participação no torneio, para dar lugar ao compatriota Hansi Flick, a ‘mannschaft’ vai voltar a contar com os experientes Mats Hummels (Borussia Dortmund) e Thomas Müller (Bayern Munique).
Os germânicos, com três títulos continentais (1972, 1980 e 1996) e quatro mundiais (1954, 1974, 1990 e 2014), o último com Löw, só falharam as três edições inaugurais de Europeus e alcançaram as meias-finais nas últimas duas provas de um evento que voltarão a organizar em 2024.
Portugal volta a jogar, novamente, na capital húngara, em 23 de junho, para debater-se com a atual campeã do Mundo e vice-campeã da Europa, num jogo que pode revelar-se determinante para as contas do grupo e que reedita a final do último Europeu, ‘selada’ pelos pés do suplente Éder, aos 109 minutos da final disputada no Stade de France, em Paris.
Comandados por Didier Deschamps há sete anos, os gauleses têm, certamente, o ataque mais temível de todo o Campeonato da Europa, encabeçado pelo regressado Karim Benzema, do Real Madrid, depois de ter estado mais de cinco anos fora dos eleitos.
A ‘estrela’ Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain) e Antoine Griezmann (FC Barcelona) estarão certamente no ‘onze’, que nunca ficará mal com Wissam Ben Yedder (Mónaco), Kingsley Coman (Bayern Munique), Ousmane Dembélé (FC Barcelona), Olivier Giroud (Chelsea) ou Marcus Thuram (Borussia Mönchengladbach).
A fase final do Euro2020 realiza-se de 11 de junho a 11 de julho, em 11 cidades de 11 países, depois ter sido adiada por um ano devido à pandemia de covid-19.