Vacina da gripe: o que muda em 2019

Em 2019, comemoram-se os 20 anos do início das campanhas de vacinação contra o vírus da gripe (influenza), realizadas pelo Ministério da Saúde. Ao longo das duas décadas, muita coisa mudou: a quantidade de pessoas que integram o público-alvo da vacina só cresceu, bem como o número de doses oferecidas e as cepas de vírus utilizadas na fabricação do produto. De acordo com o informe técnico publicado pelo Governo Federal, a campanha deste ano vai de 10 de abril a 31 de maio.

O Dia D, em que a vacinação se intensifica e há uma grande mobilização nacional, está marcada para dia 4 de maio, um sábado.

Se você faz parte de algum grupo de risco (veja a lista completa abaixo) ou conhece alguém que precisa se vacinar, anote na agenda e se planeje para visitar o posto de saúde em breve. É rápido, fácil e gratuito. Você se protege e ainda reduz o risco de transmitir o vírus da gripe para seus familiares e amigos.

Aliás, as autoridades resolveram antecipar em 15 dias o início da campanha em comparação com os anos anteriores — no Amazonas, inclusive, a estratégia começou no dia 20 de março de 2019 em razão de um aumento súbito do número de casos.

A médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que quanto antes a vacinação é dada, melhor. “Há uma questão de cronograma e logística, porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) só informa as cepas de influenza que devem integrar a vacina em setembro do ano anterior e os laboratórios demoram um tempo para fabricar e distribuir as doses. O ideal é que a imunização se inicie durante o finalzinho de março ou começo de abril”, diz a especialista.

Quem deve tomar a vacina da gripe?

A principal mudança em relação a 2018 é a ampliação do limite de idade no público infantil. Até o ano passado, o imunizante era aplicado apenas nas crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. Agora, aquelas com até 6 anos incompletos podem tomar sua dose nos postos de saúde. Veja abaixo a lista dos grupos prioritários:

  • Indivíduos com mais de 60 anos
  • Crianças de 6 meses até 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias de idade)
  • Gestantes
  • Mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias (puérperas)
  • Trabalhadores da área da saúde
  • Professores de escolas públicas e privadas
  • Povos indígenas
  • Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas (leia mais abaixo)
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade
  • Funcionários do sistema prisional

Quais as doenças crônicas e condições especiais que credenciam o paciente a receber a vacina? Confira a relação completa a seguir:

  • Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…)
  • Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…)
  • Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…)
  • Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…)
  • Doenças renais crônicas (paciente em diálise, síndrome nefrótica…)
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Imunossupressão (indivíduos que estão com o sistema imune abalado por doenças ou medicamentos)
  • Trissomias (síndromes de Down, de Klinefelter, de Wakany…)
  • Transplantes (órgãos sólidos e medula óssea)