Hemodiálise em Mato Grosso do Sul aproxima pacientes locais

Hemodiálise em Mato Grosso do Sul aproxima pacientes locais

A hemodiálise em Mato Grosso do Sul ganhou centralidade na agenda de saúde pública em 2025, com ações que reduziram deslocamentos e aproximaram o tratamento da rotina dos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). A regionalização dos serviços e a ampliação da oferta pelo SUS tornaram o acesso mais rápido e humano para quem depende de Terapia Renal Substitutiva (TRS).

Regionalização da hemodiálise e redução de deslocamentos

Desde a pactuação do Plano de Ação Regional no fim de 2024, implementado ao longo de 2025, a política estadual focou na descentralização da hemodiálise em Mato Grosso do Sul. O objetivo foi reestruturar a rede para que pacientes sejam atendidos em suas macrorregiões, evitando viagens longas e permanências fora de casa. A mudança impactou diretamente a qualidade de vida de pacientes e familiares, reduzindo o cansaço e os custos associados ao deslocamento.

Ampliando vagas e horários

Entre as medidas adotadas, houve habilitação de novas unidades e abertura de turnos adicionais, além da habilitação de uma nova clínica em Campo Grande e da implantação de serviços em municípios-polo do interior. Essas iniciativas ampliaram a capacidade instalada e permitiram acelerar o início do tratamento para quem precisa de hemodiálise. A presença de mais turnos e unidades em regiões estratégicas também aliviou a pressão sobre centros maiores, distribuindo melhor a demanda.

Incentivos municipais e financiamento estadual

A política estadual incluiu incentivos financeiros para que municípios mantenham e ampliem os serviços de TRS. Esse apoio trouxe maior estabilidade à rede e segurança para aumentar o número de vagas, especialmente em cidades do interior que historicamente dependiam dos grandes centros. A combinação de recursos estaduais e gestão local foi apontada como fator decisivo para o fortalecimento da assistência renal.

Estrutura técnica e Linha de Cuidado

A organização do atendimento seguiu a Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica, que orienta o fluxo dos pacientes conforme a macrorregião de origem. Essa padronização permitiu mais resolutividade e continuidade no tratamento. Profissionais da Secretaria de Estado de Saúde reforçaram protocolos, fluxos e critérios para encaminhamento, reduzindo falhas e aumentando a coordenação entre níveis de atenção.

Gestão, monitoramento e qualidade

O monitoramento contínuo da produção e da qualidade dos serviços foi outro pilar da ação. Relatórios de produção, indicadores de qualidade e fiscalização permitiram ajustes rápidos e transparência na aplicação dos recursos. A supervisão técnica garantiu que a expansão da hemodiálise em Mato Grosso do Sul não se limitasse ao aumento de vagas, mas contemplasse também segurança, manutenção de equipamentos e capacitação das equipes.

Depoimentos técnicos

Representantes da SES destacaram que o plano regional trouxe mais do que infraestrutura: “O plano regional não significou apenas ampliar a estrutura, mas garantir resolutividade, dignidade e acesso contínuo ao tratamento”, afirmou Angélica Segatto Congro, superintendente de Atenção à Saúde. Mara Rúbia da Costa Silva, gerente de Atenção à Doença Renal Crônica, reforçou que a estruturação logística permitiu reduzir deslocamentos e oferecer o cuidado mais perto do domicílio.

Impacto social e perspectivas

A regionalização da hemodiálise em Mato Grosso do Sul teve impacto direto na rotina de pacientes e familiares, com ganhos em conforto, segurança e manutenção de vínculos sociais. Reduzir o tempo gasto em viagens para tratamento também significa menos interrupção do trabalho e da vida escolar de familiares cuidadores. A consolidação da rede regionalizada abre caminho para melhorias contínuas, com foco em resolução local e diminuição das desigualdades no acesso.

Desafios e próximos passos

Embora os avanços sejam reconhecidos, o desafio agora é manter a sustentabilidade dos serviços, ampliar a oferta conforme demanda e garantir a qualificação permanente das equipes. A continuidade de incentivos e o aprimoramento do monitoramento serão fundamentais para que a expansão se traduza em atendimento seguro e eficiente em todas as macrorregiões.

Ao finalizar 2025, Mato Grosso do Sul apresenta um cenário novo na assistência ao paciente renal: uma rede mais capilar, municípios fortalecidos e atendimento mais próximo da população. A experiência mostra que investir na descentralização da hemodiálise é investir em dignidade, acesso e em melhores resultados para quem vive com DRC.

_Kamilla Ratier, Comunicação SES_

Essa matéria usou como fonte uma matéria do site Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul