S. G. foi condenado à pena de 131 anos, 6 meses e 12 dias de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de um fazendeiro e seu filho, por dívida não paga de serviço prestado na propriedade rural. O crime ocorreu no dia 14 de janeiro de 2022, na Fazenda Petain, localizada no Município de Amambai.
O Ministério Público Estadual, por meio do Promotor de Justiça Thiago Barbosa da Silva, pediu a condenação do réu nos termos da denúncia.
Na sentença proferida pelo Juiz titular da Vara Criminal de Amambai, Daniel Raymundo da Matta, o réu foi condenado a 64 anos, 3 meses e 6 dias de reclusão e 156 dias-multa por latrocínio contra o filho do fazendeiro, com aumento de pena em razão do concurso de pessoas e do emprego de arma de fogo, e agravado pelo motivo torpe e meio cruel. Em relação à primeira vítima, S. G. recebeu a mesma condenação, dobrando seu tempo de cumprimento de pena. Além disso, recebeu a condenação de 2 anos de reclusão e 10 dias-multa pelo porte de arma de fogo, e de 1 ano de reclusão por corrupção de menores, tendo em vista que praticou o delito com o auxílio de um adolescente.
O crime
De acordo com a denúncia oferecida pelo MPMS, S. G. escondeu-se, na companhia de um menor, em uma mata vizinha à propriedade rural de um fazendeiro que não lhe havia efetuado pagamento de valores referentes à prestação de serviços realizados dois anos antes. Já por volta das 10 horas do mesmo dia, ambos invadiram a sede da fazenda, encontrando o filho do fazendeiro deitado em um dos quartos, momento em que anunciaram o assalto. O réu então pediu ao adolescente que buscasse cordas para amarrar a vítima, mas, mesmo depois de imobilizá-la completamente, efetuou dois disparos na região da nuca, matando-a.
Enquanto os autores reviravam os móveis da casa em busca de bens valiosos para se apoderarem, o proprietário da fazenda chegou ao local junto de seu capataz e foi em direção aos assaltantes. Os dois réus, no entanto, avançaram contra a vítima já disparando contra ela e atingindo-a no peito. O fazendeiro ainda tentou fugir em sua caminhonete, mas foi dominado antes de alcançá-la. Eles o derrubaram no chão e efetuaram mais dois disparos contra a cabeça da vítima, também na região da nuca. Quanto ao capataz, este fugiu com sua esposa e conseguiram pedir ajuda.
Os autores, contudo, conseguiram fugir do local carregando diversos bens. Eles foram capturados 10 dias depois, ainda durante as diligências policiais, para elucidar o crime.
Texto: Ana Paula Leite/Jornalista Assecom MPMS – com informações do TJMS