tem pedido de liberdade negada, não se candidatando assim

Negativa de liberdade pela Justiça provoca a desitência de Puccinelli

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, foi nesta manhã (30), visitar o ex-governador André Puccinelli (MDB), que está preso no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande, desde o dia 20 de julho.

Ele contou que o ex-governador resolveu deixar a candidatura, por entender que este era o “fator preponderante” para continuar preso, ter seu pedido de habeas corpus aceito pela Justiça.

Após dois pedidos frustrados, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado em São Paulo, e no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa estuda outros caminhos, como a ida ao STF (Supremo Tribunal Federal), para tentar a liberdade de Puccinelli e do filho dele, o advogado André Puccinelli Junior, além do advogado João Paulo Calves.

“O André (Puccinelli) está convencido que o fato de ser candidato na eleição está influenciando para que ele permaneça na cadeia. Nós também temos razões para concordar com ele, pois esta sua prisão é arbitrária, já que não foi denunciado e muito menos condenado”, disse Marun ao Campo Grande News.

Marun contou que Puccinelli está pedindo que o partido se organize em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB), que foi a escolhida para ser candidata ao governo e que possa existir união e apoio dos filiados neste momento. “A Simone (Tebet) é muito respeita dentro do partido e terá o devido apoio, com o partido em torno deste projeto”.

Questionado sobre como os eleitores e aliados vão se posicionar sobre a mudança, Marun diz que é cedo para avaliar e que o partido está se organizando para conduzir esta alteração. “Não sabemos ainda qual será a reação do eleitor com a entrada da Simone (Tebet), temos que esperar para avaliar”.

Quitinete – Marun questionou os argumentos usados pela Justiça para prisão de Puccinelli, ao dizer por exemplo, que não foram apresentadas provas consistentes. “Esta questão de material na quitinete, disseram que era para ocultar provas, mas o que foi coletado? Quais as provas?”, questionou.

O ministro ainda diz que o ex-governador mora em um “apartamento humilde”, que não teria o devido espaço para guardar documentos ou outros materiais. “Desde que mudou para Campo Grande, André mora naquele apartamento e não em uma casa nababesca, mas em um apartamento simples, por isso solicitou que fosse guardado este acervo em outro local”.

A visita do ministro a Puccinelli durou cerca de 40 minutos. Ele disse que aproveitou que vai cumprir agenda pública hoje (30) em Mato Grosso do Sul, para visitar o ex-governador e ainda se reunir com os dirigentes do partido, para discutir a situação.

O ex-governador foi preso junto com seu filho, André Puccinelli Junior e o advogado João Paulo Calves, no dia 20 de julho, pela Polícia Federal, em mais uma ação da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio de recursos públicos, em obras estaduais. A defesa entrou com pedido de habeas corpus, mas teve a ação negada pelo TRF 3 (Tribunal Regional Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Fonte: Leonardo Rocha